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ARTE

terça-feira, 28 de julho de 2009

PROVÉRBIOS ESCOLHIDOS - (N)






Na arca do avarento está o Diabo lá dentro.

Na barba do tolo aprende o barbeiro novo.

Na bigorna se prova o ferro e na bebida o homem.

Na boca de quem não presta quem é bom não tem nada.

Na boca do discreto o que é público se faz secreto.

Na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso.

Na boca dos pobres são mais as vozes do que as nozes.

Na cadeia e no hospital todos temos um lugar.

Na cadeia, no jogo e na doença se conhecem os amigos.

Na casa de quem joga pouca alegria mora.

Na casa do bom o melhor lugar é para o infeliz.

Na casa do rei todo o lugar é honrado.

Na casa manda ela, mas nela mando eu.

Na casa onde há dinheiro deve haver um só caixeiro.

Na companhia de estranha gente o silêncio é prudente.

Na confiança está o perigo.

Na corte os que estão de pé não levantam os que caíram.

Na escola da adversidade aprende-se a prudência.

Na face e nos olhos se vê a letra do coração.

Na hora da comida, o Diabo traz sempre mais um aos tombos.

Na hora da morte não vale a pena tomar remédio.

Na hora H é que a porca torce o rabo.

Na mesma baínha não cabem duas espadas.

Na morte ninguém finge que é pobre.

Na ponte e no vau, criado à frente, amo atrás.

Na prisão e no hospital vês quem te quer bem e quem te quer mal.

Na vida nem tudo são rosas.

Nada como um dia depois do outro.

Nada cura como o tempo.

Nada duvida quem nada sabe.

Nada é eterno nem mesmo os nossos problemas.

Nada é mais fácil de fazer do que aconselhar e repreender.

Nada é mais fácil que mentir e mais difícil que mentir bem.

Nada enfurece tanto o homem como a verdade.

Nada fazer é fazer mal.

Nada há secreto que não seja descoberto.

Nada há tão encoberto que se não venha a saber.

Nada há tão fatigante como a vivacidade sem espírito.

Nada impõe tanto respeito ao tolo como o silêncio; nada o anima como o responder-lhe.

Nada mais certo do que a morte; nada mais incerto do que a hora da morte.

Nada sabe tanto, como o fruto proibido.

Nada se parece tanto com um tolo bem vestido como qualquer mau livro bem encadernado.

Nada seca mais depressa que as lágrimas.

Nada suplanta uma consciência tranquila.

Nada tem quem desdenha do que tem.

Nada tem um ar mais nobre do que a moderação.

Nada tem quem nada lhe basta.

Nada tem quem não teme a morte.

Namoro é ramo de souto: vai um e vem outro.

Não abras loja se não tens um sorriso nos lábios.

Não acabar é não fazer.

Não acendas lume que não possas apagar.

Não acharás um avarento que não viva num tormento.

Não adianta chorar depois do leite entornado.

Não adianta fugir com o cu à seringa.

Não ama o muito aquele que despreza o pouco.

Não amanses potro, nem tomes conselho de louco.

Não anda o carro adiante dos bois.

Não anda o pião sem a baraça.

Não andes por atalho a fim de evitar trabalho.

Não arrisques tudo de uma só vez.

Não assinar sem ler.

Não assines coisa que não leias, nem bebas coisa que não vejas.

Não atires foguetes antes da festa.

Não batas mais no ceguinho.

Não busques para amigo nem rico nem nobre, mas o bom ainda que seja pobre.

Não cai o mosteiro por falta de um frade.

Não cair em cesto roto.

Não cair em saco roto.

Não cantes ao asno que te responde a coices.

Não cantes vitória antes de tempo.

Não cases com moça de janela, nem compres terra de ladeira.

Não cavalgues em potro, nem gabes tua mulher a outro.

Não censure dor alheia quem nunca dores sentiu.

Não choveu até dia de São José, ano de seca é.

Não comer por ter comido não é doença de perigo.

Não compres a quem comprou; compra a quem herdou que não sabe o que custou.

Não compres mula manca cuidando que há-de sarar, nem cases com mulher má cuidando que se há-de emendar.

Não compres o que não precisas, por mais barato que seja.

Não compres objectos inúteis a pretexto de que são baratos.

Não contes com o ovo no cu da galinha.

Não continuar a aprender é esquecer o que se sabe.

Não convém venerar o que está longe ou o que não vemos bem, pois se se aproximar de nós pode causar-nos não apenas desilusão mas também tédio e desprezo.

Não crie cão nem gato aquele que é velhaco.

Não crie cão quem lhe não sobre pão.

Não cuspas para o ar que te pode cair na cara.

Não dá o frade o que bem lhe sabe.

Não dá para buraco de dente.

Não dá quem quer mas quem tem.

Não dá quem tem mas sim quem quer bem.

Não dar ponto sem nó.

Não dês a todos teu braço a torcer.

Não dês conselho sem que to peçam.

Não dês nunca teu braço a torcer.

Não desejes mal a ninguém que teu pelo caminho vem.

Não desejes mal ao teu vizinho, que o teu já vem a caminho.

Não desperdices nada, pois mesmo a menor migalha ainda pode saciar um biquinho.

Não devas a quem deveu, nem sirvas a quem serviu.

Não deve ser desejado o que não pode ser alcançado.

Não devemos contar com a sorte.

Não devemos pôr o dinheiro a fazer tudo.

Não devemos ser pobres nem no pedir.

Não digas: desta água não beberei; deste pão não comerei.

Não digas mal do ano até que seja passado.

Não digas o que sabes sem saber o que dizes.

Não digas tudo o que sabes, nem creias tudo o que ouves, nem faças tudo o que podes.

Não despendas o teu dinheiro antes de o teres ganho.

Não diz a gota com a perdigota.

Não é a água de um vaso cheio que se agita, mas a do que está meio vazio.

Não é a escola que faz a vida, mas a vida é que tem de fazer a escola.

Não é amado quem só de si tem cuidado.

Não é bom o mosto colhido em Agosto.

Não é carne nem peixe.

Não é chefe quem teme ter colaboradores competentes.

Não é com vinagre que se apanham moscas.

Não é homem são o que não sabe dizer “não”.

Não é inteligente: é espevitado.

Não é o hábito que faz o monge.

Não é o Sol que faz a sombra.

Não é pobre quem pouco tem, senão quem muito quer.

Não é só ladrão o que furta, mas o que furtaria se pudesse.

Não escrevas detrás do papel que amanhã aparece pela frente.

Não esperes por sapatos de defunto.

Não esperes que o teu amigo te faça o que tu podes fazer.

Não esqueça o credor, nem morra o devedor.

Não está mais aqui quem falou.

Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.

Não faças nada sem consultar a almofada.

Não faças passos largos se tens pernas curtas.

Não ferir nem matar não é covardia mas bom natural.

Não fode nem sai de cima.

Não gozar para não sofrer é segredo de bem viver.

Não há amigo nem irmão não havendo dinheiro na mão.

Não há atalho para o êxito.

Não há ausentes sem culpas, nem presentes sem desculpas.

Não há banquete, por mais rico, em que alguém não jante mal.

Não há bela sem senão.

Não há bela sem senão, nem feia sem sua graça.

Não há bem-estar como em casa estar.

Não há boas razões para os tolos.

Não há bom que não possa ser melhor, nem mau que não possa piorar.

Não há cabeça a que falte carapuça.

Não há cabeças mais duras que as cabeças vazias.

Não há capuz por mais santo em que o Diabo não possa meter a cabeça.

Não há cego que se veja, nem santo que se conheça.

Não há Cinzas sem lua vazia, nem Páscoa sem lua cheia.

Não há coisa mais difícil de dizer aos homens que a verdade.

Não há coisa que tanto pegue como a silva.

Não há dois altos sem um baixo no meio.

Não há desgosto mais profundo do que cair na boca do mundo.

Não há dinheiro que pague a saúde.

Não há doenças, só há doentes.

Não há doido que se conheça.

Não há domingo sem missa, nem segunda-feira sem preguiça.

Não há duas sem três.

Não há efeito sem causa.

Não há Entrudo sem lua nova, nem Páscoa sem lua cheia.

Não há erva tão ruim que não tenha a sua virtude.

Não há esperança sem temor, nem amor sem receio.

Não há esperança sem temor, nem ciúme sem amor.

Não há esperança sem temor, nem sem receio há amor.

Não há esperto que não encontre outro.

Não há felicidade completa.

Não há fogo sem fumo.

Não há fumo sem fogo.

Não há galinha gorda por pouco dinheiro.

Não há glória sem inveja.

Não há gosto sem desgosto.

Não há grande peso sem contrapeso, nem subida sem descida.

Não há inimigo pequeno.

Não há ladrão sem encobridor.

Não há lenha como o azinho, nem carne como o toucinho.

Não há louco sem acerto, nem sábio sem loucura.

Não há madeira tão verde que não ateie.

Não há maior cego do que aquele que não quer ver.

Não há maior dor que recordar os tempos felizes na miséria.

Não há maior surdo do que aquele que não quer ouvir.

Não há maior tolice do que viver pobre para morrer rico.

Não há mal que bem não traga.

Não há mal que não acabe nem há bem que sempre dure.

Não há mal que o tempo não cure.

Não há mão que agarre o tempo.

Não há melhor espelho que amigo velho.

Não há melhor juiz que o tempo.

Não há melhor mestre que a necessidade e a pobreza.

Não há melhor saber do que à sua custa aprender.

Não há mestre como o mundo.

Não há montanha sem nevoeiro, nem mérito sem calúnia.

Não há mortório sem pranto, nem casório sem canto.

Não há nada como um dia depois do outro.

Não há nada de novo debaixo do Sol.

Não há nada mais hereditário do que a morte.

Não há nada pior para a saúde do que a gente estar doente.

Não há nada que o ouvido do ciúme não oiça.

Não há nada tão forte que o não derrube a morte.

Não há ninguém necessário neste mundo.

Não há ninguém que não se engane.

Não há ninguém que se conheça.

Não há obrigação de obedecer senão a quem tem o direito de mandar.

Não há olhar como o do dono.

Não há panela tão feia que não ache seu cobertouro.

Não há pecado que não possa ser perdoado.

Não há pechincha por pouco dinheiro.

Não há prazer em nada fazer; divertido é saber fazer muitas coisas e fazê-las.

Não há prazer que não enfade e ainda mais se vem de graça.

Não há profeta sem honra senão na sua pátria e na sua casa.

Não há quem se acostume com a morte.

Não há rapazes maus.

Não há regra que não falhe.

Não há regra sem excepção.

Não há rico que não possa receber, nem pobre que não possa dar.

Não há riqueza igual à saúde do corpo, nem prazer igual à alegria do coração.

Não há roca sem o seu fuso.

Não há sábio nem douto que de louco não tenha um pouco.

Não há solidão onde há saber, nem aborrecimento onde há livros.

Não há tempero tão bom como a fome.

Não há tonto para seu proveito.

Não importa ser religioso, o que importa é ter coerência moral.

Não julgues mal de ninguém, nem para mal nem para bem.

Não levantes espada contra quem peça perdão.

Não mandes fazer a outrem o que tu podes fazer.

Não mata mas desmoraliza.

Não mata mas mói.

Não me fio nem da camisa que trago vestida.

Não me olhe de banda que eu não sou da quitanda, nem me olhe de lado que eu não sou melado.

Não meças todos pela mesma bitola.

Não metas foice em seara alheia.

Não metas o nariz onde não és chamado.

Não morde a abelha senão a quem trata com ela.

Não morre da doença, morre da cura.

Não morre quem quer, mas quem Deus quiser.

Não mostres o fundo nem da bolsa, nem da alma.

Não ocupa mais pés de terra o Papa que o sacristão.

Não ofende quem quer mas quem pode.

Não peças a quem pediu, não devas a quem deveu, nem sirvas a quem serviu; pede a quem o herdou que não sabe o que lhe custou.

Não pode com uma gata pelo rabo.

Não pode ser meu amigo o amigo do meu inimigo.

Não pode ver uma camisa lavada a ninguém.

Não podemos tratar todos da mesma maneira.

Não pôr as mãos no fogo.

Não por causa do abuso ser repreensível deixa o uso de ser lícito.

Não pôr pé em ramo verde.

Não queiras potro nem mulher de outro.

Não quero saber quem fui; quero saber quem sou.

Não receia dar brado quem tem o direito do seu lado.

Não responder é resposta.

Não sabe governar quem a todos quer contentar.

Não sabe mandar quem nunca soube obedecer.

Não saber a quantas anda.

Não saber da missa a metade.

Não saiba a mão esquerda o que faz a direita.

Não se atiram pedras senão às árvores que têm fruto.

Não se começa a casa pelo telhado.

Não se deve aumentar a aflição do aflito.

Não se é bom juiz em causa própria.

Não se é feliz senão moderando as próprias paixões.

Não se endireita a sombra de uma vara torta.

Não se fazem omeletes sem ovos.

Não se fez Roma e Pavia num dia.

Não se fez Roma em um dia.

Não se mente quando se vai morrer.

Não se meta o sapateiro a tocar rabecão.

Não se pode agradar a Deus e ao Diabo ao mesmo tempo.

Não se pode contestar todo o mundo.

Não se pode ser juiz e réu.

Não se pode ser juiz em causa própria.

Não se pode servir a um tempo a dois senhores.

Não se pode tocar sino e acompanhar a procissão.

Não se põe vinho novo em odres velhos.

Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.

Não sei o que faça: se case ou se assente praça.

Não sei o que tem a ver o cu com as calças.

Não sejas vaidoso nem orgulhoso, pois o orgulho e a vaidade custam mais caro que a fome e a sede.

Não ser carne nem peixe.

Não ser de ferro.

Não serve de nada deitar pérolas a porcos.

Não serve de nada malhar em ferro frio.

Não te envaideças do que sabes e repara no que fazes.

Não te exaltes pela riqueza, nem te abaixes por pobreza.

Não te fies de cantigas nem fales de raparigas.

Não te fies em céu estrelado, nem em amigo reconciliado.

Não te intrometas nos assuntos dos outros.

Não te metas a comprar o que não possas pagar.

Não te metas entre martelo e bigorna.

Não te metas onde não és chamado.

Não te preocupes antes de tempo.

Não tenhas apreensões, visto não saberes o que o futuro te reserva, que adiantas em tê-las? As desgraças que mais tememos são as que quase nunca se realizam.

Não ter eira nem beira.

Não ter mãos a medir.

Não ter os sete alqueires bem medidos.

Não ter papas na língua.

Não ter ponta por onde se lhe pegue.

Não ter senso comum, eis a mais perigosa moléstia.

Não valem leis sem costumes; valem costumes sem leis.

Não vejas fazer o que houveres de comer.

Não vive ninguém no mundo sem ter os seus inimigos.

Não vos apresseis a fazer amigos novos nem a deixar os antigos.

Não vos fieis nas aparências.

Nariz de cão e cu de gente nunca está quente.

Nariz de cão, joelho de homem e cu de mulher nunca estão quentes.

Nas cidades nunca se olham os astros por causa dos candeeiros que os ofuscam.

Nas mulheres acaba a amizade onde começa a rivalidade.

Nas mulheres pelejam mais as línguas que os braços.

Nas unhas e nos pés mostrarás de onde vens.

Nasce erva em Março ainda que lhe dêem com um maço.

Nascemos com os olhos fechados e a boca aberta e passamos a vida inteira a tentar inverter esses erros da natureza.

Nascer em berço de ouro.

Nasceu, padeceu, morreu.

Negar uma falta é cometer outra maior.

Negociante e porco só depois de morto.

Negociata é um negócio para o qual não fomos convidados.

Negócio da China.

Negócio que não dá ganho e faca que não corta, inda que o Diabo os leve, pouco importa.

Negro furtou é ladrão, branco furtou é barão.

Nem aquece nem arrefece.

Nem bonita que abisme, nem feia que faça medo.

Nem come nem deixa comer.

Nem de inverno nem de verão deixarás o teu gabão.

Nem de malva bom vincelho, nem de esterco bom odor, nem do moço bom conselho, nem de puta bom amor.

Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.

Nem muito ao mar, nem muito à terra.

Nem na mesa sem comer, nem na igreja sem rezar, nem na cama sem dormir, nem na festa sem dançar.

Nem o avô morre nem a gente almoça.

Nem o bem é eterno, nem o mal duradouro.

Nem o pai morre nem a gente almoça.

Nem oito nem oitenta.

Nem rei nem Papa à morte escapa.

Nem rio sem vau, nem geração sem mau.

Nem sempre aquele que dança é que paga a música.

Nem sempre Deus ajuda a quem muito madruga.

Nem sempre é conveniente dizer inteiramente a verdade.

Nem sempre nem nunca.

Nem sempre o Diabo é tão feio como o pintam.

Nem sempre o que luz é ouro.

Nem sempre o que parece é.

Nem sempre os fins justificam os meios.

Nem só de pão vive o homem.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Nem tanto nem tão pouco.

Nem toda a água do mar pode esta nódoa tirar.

Nem todas as verdades se dizem.

Nem todo o homem sabe sê-lo.

Nem todos os homens podem ser grandes, mas todos podem ser bons.

Nem todos os que nos agradam na praça nos agradarão em casa.

Nem tudo o que brilha é ouro.

Nem tudo o que é feio é mau.

Nem tudo o que vem à rede é peixe.

Nem tudo pode andar ao nosso paladar.

Nem tudo que luz é ouro, nem tudo que é feio é mau, quem não tem que fazer vá fazer colher de pau.

Nem tudo que se escreve é Evangelho.

Nem tugiu, nem mugiu.

Nem vinha em baixa, nem trigo em cascalho.

Nenhum acto de amor se perde.

Nesta esparrela não cai o filho do meu pai.

Neste mundo cansado não há bem completo nem mal acabado.

Neste mundo tem gente para tudo e inda sobra.

Névoa na serra, chuva na terra.

Ninguém aponte faltas alheias com o dedo sujo.

Ninguém as calça que as não borre.

Ninguém deixa sem dor o que possui com amor.

Ninguém deixe amores velhos por novos.

Ninguém deixe o certo pelo duvidoso.

Ninguém deseja passar por velho, mas todos querem viver muito tempo.

Ninguém diga: desta água não beberei e deste pão não comerei.

Ninguém diga o que não sabe nem afirme o que não viu.

Ninguém é bom juiz em causa própria.

Ninguém é bom senhor se não for bom servidor.

Ninguém é menos conhecido que cada um de si mesmo.

Ninguém é moeda de vinte patacas para agradar a todos.

Ninguém empobrece por ter dado muito.

Ninguém está contente com a sua sorte.

Ninguém faz mal que o não venha a pagar.

Ninguém fica para semente.

Ninguém nasce ensinado.

Ninguém pode alterar a natureza, mas todos podem melhorá-la.

Ninguém pode despir um homem nu.

Ninguém pode perder o que nunca teve.

Ninguém pode tapar a boca do mundo.

Ninguém quer do indigente ser primo nem parente.

Ninguém quer ser só na desgraça.

Ninguém sabe o bem que tem senão depois de o perder.

Ninguém se considera tão ignorante como o sábio, nem tão sabedor como o ignorante.

Ninguém se envergonhe de perguntar o que não sabe.

Ninguém se livra de pedrada de doido nem de coice de burro.

Ninguém se ria do mal do vizinho, que o seu já vem a caminho.

Ninguém viaja por viajar, mas para ter viajado.

No dia de São Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.

No dia em que te casas ou te matas ou te curas.

No escuro tanto vale a rainha como a negra da cozinha.

No fim de um ano, o cão parece-se com o dono.

No jogo e na mesa a educação se conhece.

No meio é que está a virtude.

No melhor pano cai uma nódoa.

No minguante de Janeiro corta o madeiro.

No mínimo trabalho se conhece o trabalhador.

No muito falar há muito errar.

No mundo houve sempre um Abel para sofrer e um Caim para atormentar.

No mundo tudo é vaidade.

No poupar é que está o ganho.

No princípio ou no fim, costuma Abril ser ruim.

No que tiveres de pagar não te faças demorar.

Noites alegres, manhãs tristes.

Nos olhos e na face se vê o coração.

Nos pequenos vasos estão as grandes essências.

Nós somos espelhos uns dos outros.

Nossa Senhora da Agrela: não há santa como ela.

Notícia ruim corre depressa.

Notícia ruim sempre é certa.

Notícia, se a boa corre, a ruim avoa.

Novembro à porta, geada na horta.

Novo rei, nova lei.

Novos tempos, novos costumes.

Num abrir e fechar de olhos.

Nunca bom cão ladrou em vão.

Nunca brigam dois quando um não quer.

Nunca busques inquietações: espera que elas te procurem.

Nunca deixaremos de ser discípulos da natureza.

Nunca dês louvor senão a quem o não pedir.

Nunca desprezes o nada: do nada nasceu o Universo.

Nunca digas o que fazes sem saber o que dizes.

Nunca digas tudo o que sabes nem faças tudo o que podes, nunca acredites em tudo o que ouves nem gastes tudo o que tens, porque quem diz tudo o que sabe, quem faz tudo o que pode, quem acredita em tudo o que ouve, quem gasta tudo o que tem, muitas vezes diz o que não convém, faz o que não deve, julga o que não conhece, gasta o que não pode.

Nunca é tarde para aprender.

Nunca é tarde para fazer bem.

Nunca é tarde para nos corrigirmos.

Nunca faças um buraco para tapar outro.

Nunca fiar de quem uma vez te enganar.

Nunca mais é sábado.

Nunca ninguém se arrependa de calar, mas sim de falar.

Nunca ninguém se enforcou com uma bolsa ao pescoço.

Nunca ninguém se enganou para seu prejuízo.

Nunca o invejoso medrou nem quem a par dele morou.

Nunca o vi mais gordo.

Nunca tal burra albardei.

Nunca vi vento do Sul que aos três dias não chovesse, nunca vi homem casado que se não arrependesse.

Nuvem comprida que se desfia, sinal de grande ventania.

Nuvens ao nascente, chuva de repente.

Nuvens do Sul para o Norte vão? Mau tempo de inverno, bom tempo de verão.

Nuvens paradas cor de cobre é temporal que se descobre.



JOSÉ MARIA ALVES
http://www.homeoesp.org


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