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ARTE

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

THOMAS RANDOLPH (1605-1635) - SOBRE O SEU RETRATO






Quando a idade fizer de mim o que agora não sou;
E cada ruga me disser onde o arado
Do tempo sulcou; quando um Gelo fluir
Atravessando cada veia e toda a minha cabeça se cobrir de neve:
Quando a morte exibir o seu frio sobre as minhas faces,
E eu, a mim mesmo no meu próprio Retrato procurar,
Não encontrando o que sou, mas o que fui;
Duvidando em qual acreditar, neste ou no meu espelho;
Embora eu mude, este permanecerá o mesmo;
Tal como foi desenhado, reterá a compleição primitiva
E a tez primeira; aqui poderão ainda ver-se
Sangue nas faces e uma Penugem sobre o queixo.
Aqui a testa permanecerá lisa, o olhar intenso,
O Lábio rosado e o cabelo de cor jovem.
Contemplai que fragilidade podemos ver no homem,
Cuja Sombra é menos do que ele propensa à mudança.

Tradução de Cecília Rego Pinheiro


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