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ARTE

terça-feira, 1 de junho de 2010

CORREIA GARÇÃO (1724-1772) - QUEIXAS DE AMOR

De beijos um cestinho Amor enchia,
E, depostos os duros passadores,
Quais semeiam o trigo os lavradores
Num campo os semeou todos um dia.

Daí a pouco com prazer se via
A seara ferver toda em Amores,
Que aos centos rebentavam entre as flores,
De que o travesso deus folgava e ria.

Eu, que bem por acaso ali me achava,
Um deles colho, e sobre o peito o prendo,
Sem recear o mal que me aguardava:

Pois as tenras raízes estendendo,
Pouco a pouco no coração mas crava
Donde novos amores vão nascendo.

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