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ARTE

domingo, 29 de maio de 2011

ANSELMO DE AOSTA



Nasceu no ano de 1033, tendo sido elevado ao priorado em 1063. Faleceu quando procurava esclarecer a natureza e a origem da alma.

Das suas obras, mencionamos:
Monologion, que tem como objecto a essência divina. Contém as provas ontológicas da existência de Deus. Refere-se também à controversa questão da Trindade – Deus é uno na sua natureza e triplo na sua pessoa.
Proslogion – Santo Anselmo investiga a possibilidade de existir um único argumento, que por si só seja suficiente para garantir a existência de Deus, e concebe-o então, como aquilo de que se não pode pensar algo maior, ou seja, aquilo que é maior do que o maior que se possa pensar – desta obra ressalta o que a partir de Kant é referido como argumento ontológico, e que foi retomado por S. Boaventura, Duns Escoto, Descartes e Leibniz e rejeitado por S. Tomás e Kant.
Da Verdade
– Diálogo em treze capítulos, trata da verdade, que é a rectidão da relação com Deus.
Da Liberdade de Escolha – Diálogo em 14 capítulos, demonstra que a liberdade é um poder – a vontade que não tem o poder de pecar é mais livre do que aquela que o tem.

É fundamentalmente conhecido pela prova ontológica da existência de Deus. Se Deus é o que de maior pode ser pensado, e se como tal esse objecto do pensamento não tem existência, outro como ele e que exista será maior. Assim o maior dos objectos do pensamento terá de existir, sob pena de ser possível a existência de um maior, ao que Deus existe.

A sua investigação é essencialmente religiosa, já que se entrega nas mãos de Deus para compreender. É pela fé que pretende atingir o conhecimento supremo. Pede a Deus que o ensine a procurá-lo e implora-lhe que se lhe mostre, já que o não pode procurar sem o seu ensino, nem encontrá-lo sem que se mostre. Crê para compreender.
Não procura entender para crer, mas crê para entender e tem a firme convicção de que se não acreditar primeiro, nada poderá compreender – se não temos fé nada poderemos entender. Por outro lado, a fé é uma exigência cuja validade deve ser demonstrada e validada pela razão.

Deus é um ser, acerca do qual, nada de maior ou de mais perfeito pode ser pensado. Está em todo o lado, para além do espaço e do tempo, vivendo um presente perfeito. Deus não é justo, mas é a própria justiça.
Criou o mundo do nada.

A Trindade é incompreensível. Usa a seguinte imagem para desvendar no possível, o seu mistério: Há uma fonte donde brotam águas, um rio que delas nasce e por fim um lago que as acolhe. A este conjunto, a estas três realidades, damos o nome de um rio, de Nilo. Apesar de serem realidades distintas, não lhes damos nomes diferentes. Há uma verdadeira trindade na unidade e uma unidade na diversidade.

No que toca à alma, Santo Anselmo segue Santo Agostinho. Ela é uma reprodução da Trindade, imortal, destinada a amar Deus. Tanto a justa quanto a injusta têm o atributo da imortalidade, mas os seus destinos são obviamente diversos, pois a primeira é premiada e a segunda eternamente punida.


Estudo temático. Para um maior desenvolvimento e conhecimento de outros filósofos sobre os temas versados, ver no site »
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Menu » Livros online » Deus, Alma e Morte na História do Pensamento Ocidental.


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