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ARTE

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O MILHO DOS POMBOS







Tinha a sede das escarpas Dos amores vividos nos promontórios em caixas de lata coloridas
Devorava a noite qualquer noite como se a última fosse
Cabarés espeluncas negras tavernas nas ruelas encostadas aos candeeiros flácidos da bruma
Alinhado na vertigem dos corpos por escolher para um quarto de hospedaria com a alma a restar gelada no sítio do costume
Cada qual com seu poiso Área demarcada a urina e ao suor hidráulico da contingência
Em cada transacção inventava o amor
Com a idade soçobrou A fecundidade das genuflexões os membros rígidos a ilusão com todos os tesouros do coração ilusório a desvanecerem-se nos cabelos grisalhos sem brilho e nas rugas dos anos
Hoje no mesmo banco sempre no mesmo banco dá milho aos pombos que acordam quando a sede da noite já está saciada


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