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ARTE

domingo, 24 de março de 2013

AO MÁRIO CESARINY - SEM JEITO PARA O NEGÓCIO






Que importância tem foder ou não foder
Desta daquela destoutra maneira
(os tempos são outros Mário não são como os teus)
Fode quem pode não fode quem quer
Fode com quem quer quem pode e não fode quem não pode
Fode quem consente e quem não consente não fode ou só fode com quem quer e bom proveito lhe faça o encontro da net com quem não conhece e fode às escuras que é o mesmo que foder sem saber o que fode
Fode quem paga se de graça ninguém o pito lhe abona
Fode com toda a gente que paga quem recebe o pagamento e fode quer se importe ou não com foder ou não foder porque mais poder que o foder o tem o dinheiro mesmo que faça doer
Fode a dois quem gosta e quem mais gosta e pode com mais fode
E em grupo já muitos há que fodem e são fodidos e quando se perdem excitados e incautos sentem alheios dedos no cu metidos e as mulheres aos gemidos com desconhecidos
E à pressa fode quem tem ejaculação precoce ou não aprendeu a amar ou cedo tem de ir trabalhar para a outra banda ou para Trajouce
Para que em tão curta vida sejam escassos os desperdícios
Porque no fundo
Bem lá no fundo
(que à superfície não tem graça e é coisa de criança)
Neste mundo Mário
Anda de um modo ou de outro
Mais de língua e dedo
Tudo a foder
Por prazer
Por dever
Por dinheiro e poder
Ou por não ter mais que fazer
Mundo-meio de meio-mundo fode o outro meio que se deixa foder
E diz que fode por amor ou por muito amar
Quando se excita com uma qualquer greta ou pichota
E porque mundo-meio de meio-mundo não fode por o não deixarem foder e para uma rapidinha dinheiro não ter
Acaba por foder sozinho
Triste do pobre
Tadinho que com suas mãos se consola
E neste corropio do fode-fode e do mal-foder não tem lugar
E a muito esforço se alivia
Agora é assim Mário
É tudo falso com um sentido sem-sentido
É tudo vário
E se de onde estás já vejo o teu riso de escárnio
Deixa-me sorrir contigo nesse pódio celestial
Que este mundo está fodido e eu já estou cansado
De tanto cabrão puta bicha azeiteiro
Casas de filhos-família
E de passe-bestial
Com fungível e mesquinha relva para os passos governamentais dos impotentes e uma estúpida planta umbelífera nos fundos a contar moedas-cópula
Fodendo o teu país inteiro (esse país que tão pouco apreciavas e que hoje te repugnaria)
Até um dia destes Mário
Que me vejo já de passagem na mão
Sentado no embarcadouro vazio-ócio
E como tu dirias se por cá andasses
Sem nenhum jeito para o negócio





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